Tudo com ele era perfeito. Mesmo os dias mais cinzas eram
lindos. Cada bom dia que ele me dizia
fazia um sorriso bobo sair do meu rosto. Aliás, eu vivia com esse sorriso bobo
estampado na minha cara 24 horas por dia.
Tudo com ele fazia sentido. Mesmo a distância absurda que
nos separava. Mesmo as frases ditas numa mistura de português com espanhol e
com inglês. Mesmo as coisas que não faziam o menor sentido.
Tudo com ele era alegria. Cada mensagem enchia meu coração
de felicidade. Cada ligação levava meu coração até a boca. Cada encontro,
então, quase provocava uma explosão no meu coração.
Tudo com ele era verdadeiro. Eu podia ser eu mesma. A pessoa
meiga, carinhosa, atenciosa que sempre deixei escondida dentro de mim porque
ninguém aprovava. Aliás, quanto mais eu era essa pessoa, mais ele se
apaixonava.
Tudo com ele era intenso. A cada encontro intimidade e a
cumplicidade disparavam na velocidade da luz. Um final de semana parecia um
mês. Uma simples conversa era o suficiente para revelar toda a minha alma.
Mas nem tudo durou para sempre. O conto de fadas foi
engolido pelo dia a dia. Tudo começou a se perder em meio a vida real. E
percebemos que aquilo não bastava para vencer os obstáculos. E então, aquilo
tudo se acabou.
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