segunda-feira, 23 de novembro de 2015

É normal ter medo

"Ter medo é normal. Está tudo bem." Ouvi essa frase hoje pela manhã, enquanto estava me sentindo insegura e angustiada com muitas coisas que não estavam indo exatamente como eu havia planejado. E é normal mesmo sentir medo. Porque tem dia em que parece que acordamos do avesso, parece que tudo está dando errado. E começamos a questionar todas as nossas decisões. Até mesmo aquela vez em que, na festinha junina do pré, escolhemos Guaraná invés de Coca-Cola. 
  
Mas a frase em si me incomodou um pouco, e eu dei uma torcida de nariz quando a ouvi. Porque todas essas frases clichês me incomodam. Parecem papo pronto, daqueles que se lê em biscoito da sorte. Ou seja, parecem mentiras e conversinha para boi dormir. Mas dessa vez, invés de remoer tudo dentro de mim, resolvi dar uma chance, e fiquei repetindo para mim mesma essa frase. "Abracei" todas as minhas angústias e dúvidas e as aceitei. Encarei o que estava acontecendo como um simples obstáculo, e uma oportunidade de ser mais criativa e pensar mais em sempre ter alternativas. 

E não é que a coisa funcionou e tudo deu MAIS do que certo? Digo mais do que certo porque a solução que apareceu era até melhor do que a anterior. Aí eu lembrei de outra frase pronta: "no final tudo dá certo, se não deu certo ainda é porque não chegou no final". 

sábado, 7 de novembro de 2015

Abraços

Eu terei que concentrar a minha vida em duas malas. Não será fácil fazer isso. Eu tenho muita coisa de que eu gosto, muita bagagem para levar. Estou tentando reduzir ao máximo, fazer todo um raciocínio e criar uma lógica sobre o que devo e o que não devo levar. Mas infinitamente mais difícil do que isso tem sido abraçar as pessoas e me despedir dos amigos. Porque a maioria eu não faço ideia quando irei ver novamente e não sei se terei outra chance de dar um abraço como esse.

Isso torna tudo tão difícil. Mesmo tendo toda a certeza do mundo do que eu quero. Mesmo estando absurdamente feliz com a minha decisão. Mesmo sabendo que meu futuro e minha felicidade estão lá, não aqui. Tem horas em que dá medo. Tem horas em que penso se estou fazendo a coisa certa. Tem horas em que dá vontade de desistir. 

Mas eu decidi que minha reação nessas horas sempre será respirar fundo, enxugar as lágrimas e torcer. Torcer para eu ser muito feliz lá, para todos que eu abracei serem muito felizes aqui e, principalmente, para que eu tenha a chance de encontrar todos outra vez em algum lugar do mundo e dar outro abraço apertado desses.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como é difícil dizer adeus

Chegou a hora de dizer adeus. Um lindo e muito especial ciclo se encerrou em minha vida. Depois de mais de oito anos de muito aprendizado, dedicação, suor, lágrimas e risadas, eu tive que me despedir. Mas, nossa, como foi difícil dizer adeus. Confesso que pensava que seria mais fácil. Afinal, eu já estava insatisfeita, já estava cansada e infeliz.

Mas foi difícil, viu? Aliás, foi bem difícil. Doeu muito mais do que eu imaginava que iria doer. Porque não é fácil sair da nossa zona de conforto. Não é fácil deixar para trás tantos amigos, tantas situações e toda a rotina que, por mais que não me fizesse mais tão feliz, pelo menos era algo com o que estava acostumada.

Também é difícil deixar para trás todos os momentos bons. Mesmo numa relação já tão estava desgastada quanto essa. Porque houve muitos momentos bons. Houve muitos momentos incríveis e inesquecíveis, aliás. Momentos e pessoas que me ajudaram a ser quem eu sou, que - de uma forma ou de outra - me ajudaram a chegar onde estou. A quem serei eternamente grata e que levarei para sempre em meu coração. E no final isso é tudo que importa, o que e quem a gente leva no coração.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Amor verdadeiro

Na minha última viagem de férias ouvi que os brasileiros são um povo muito "Passionate". E não tem como negar. Nós amamos tudo: a balada, os amigos, o almoço de domingo, o nosso animal de estimação, a música que acabou de tocar no rádio, e mais uma infinidade de coisas.

Mas esse amor é bem diferente do amor de verdade, que é um tipo de amor que só aparece uma vez na vida. Por mais que possamos nos enganar e achar que outras paixonites são amor, quando o amor de verdade chega, ele é facilmente detectável. Parece até que tatuaram essa palavra na nossa testa. Tudo que era dificuldade ou defeito nos outros, no amor de verdade é qualidade, ou pelo menos charme.

E esse tipo de amor é facilmente notado pelas pessoas ao redor e, principalmente, pelas pessoas que o sentem. A gente até se questiona, duvida um pouco, mas no fundo a gente sabe muito bem quando um amor é verdadeiro. E é muito nítido como esse amor é verdadeiro. Então tudo o que eu desejo é que esse amor, além de verdadeiro, seja eterno....

* Texto originalmente escrito como dedicatória para um casal de amigos que está prestes a se casar.

domingo, 25 de outubro de 2015

Duvido...

Tem horas em que duvido de tudo que está acontecendo. Me questiono se é verdade. Chego até a me beliscar para ter certeza de que não estou sonhando. Ah, sabe como é, foi muito tempo vivendo no quase, apenas sonhando com tudo que poderia acontecer, mas sem realizar nada de verdade. Tanto tempo sem que nada se concretizasse, que eu cheguei a pensar que nunca mais daria certo.

A gente se acostuma tanto a viver uma vida em que tudo dá errado que começa a procurar os indícios da catástrofe até onde não tem. E quando não os encontra, os inventa, afinal, é a essa vida que estamos acostumados. Tão acostumados que nem notamos quando fazemos isso. Às vezes, percebemos que fomos nós mesmos quem criamos o desastre somente depois que passou, nunca durante, e muito menos antes.

Mas um dia as coisas mudam, por mais que tentemos achar as pistas, e até criá-las, não conseguimos. Aí não adianta relutar. O maior indício que aparece nessa hora é de que, finalmente, chegou o momento de ser feliz e de tudo dar certo. Ainda duvido um pouco, mas talvez essa seja a minha hora.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Me espera

Me espera, eu já estou indo. Tenha só um pouquinho mais de paciência. Por mais que eu me apresse, não dá para simplesmente adiantar o relógio e fazer as horas passarem mais rápido. Bem que eu queria, viu? Ah, como eu queria que isso fosse possível. Mas não é. Então vamos esperar, e fazer o melhor que pudermos enquanto a grande hora não chega.

O mundo está mudando, os astros estão se alinhando e o universo está conspirando a nosso favor. Não precisamos ter pressa. Quando a hora chegar, tudo vai dar certo e tudo vai se encaixar perfeitamente. Só precisamos ter um pouco de paciência. Porque uma certeza que eu tenho é de que, depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que passamos, a espera vai valer a pena. Com certeza valerá muito a pena.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Você me mudou

Você me mudou. De um jeito mágico que eu não achei que fosse possível. Como se você simplesmente tivesse apertado um botão em mim e tudo tivesse se transformado. Todas aquelas dúvidas, todas as angústias, todo o medo e toda aquela insegurança que me cortava a alma desapareceram em um simples estalar de dedos. Ou melhor, em um simples trocar de olhares.

E foi tudo tão natural, foi tudo tão espontâneo. Sem que eu ou você percebêssemos naquela hora. Tudo simplesmente fazia sentido, a pessoa que eu sempre quis ser, que eu sempre me esforcei para ser, apareceu instantaneamente. E até os meus defeitos, aqueles que outros criticavam tanto, você considera como algo carinhoso e meigo.

Ah, quantos anos de terapia e quantas lágrimas eu poderia ter economizado se tivesse te conhecido antes. Embora a minha terapeuta sempre me diga que nada é por acaso, que tudo tem que acontecer na hora e da maneira como deveria acontecer. Talvez se tivéssemos nos conhecido em outro momento as coisas não fossem desse jeito. Talvez antes não estivéssemos prontos para valorizarmos o que o outro tem para oferecer e demonstrar. Talvez não estivéssemos prontos para mudar um ao outro. E talvez não estivéssemos prontos para sermos felizes.  

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Eu tenho que ir

Me desculpe, mas eu preciso ir. Na verdade, eu já estou atrasada. Eu já deveria ter partido muito tempo atrás. Mas sabe como é, né? Às vezes – quase sempre – é difícil sair da zona de conforto. Estamos tão acostumados com tudo aquilo que nos faz meio felizes que acabamos nos acomodando e deixando tudo como está. 

Eu sei que tem um monte de coisas legais aqui. Com certeza tem. As companhias são ótimas, as conversas incríveis, as risadas então, nem sei como definir. Mas agora realmente não dá mais. Eu tenho que ir. Porque sempre chega na vida aquele momento em que temos que abrir mão do que é/está bom, para conseguir o que é/está ótimo. E chegou a minha hora. Este é o momento de parar de me contentar com o que é ou está apenas bom e começar a correr atrás do ótimo.

Não fique triste. Eu também sentirei saudades de tudo isso aqui. Mas realmente está na hora de ir embora. Eu já estou atrasada. Mas vamos fazer um raciocínio: se eu já sou feliz aqui, imagina o quão feliz eu serei lá? Pronto, assim fica mais fácil, né? Então me deixa partir, me deixa correr atrás da minha felicidade. Eu te prometo que o sorriso será uma constante no meu rosto. E que tudo o mais valerá a pena. Valerá muito a pena.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Obrigada

Eu queria te agradecer. É, te agradecer. Não se espante. E, não, eu não me enganei. Eu tenho muito a te agradecer. Eu sei que eu já te xinguei muito e já desejei muito o seu mal. É algo natural quando se está ferida. Mas hoje eu queria te dizer que sou muito grata por cada uma das lágrimas que você me fez derrubar. Por todas as vezes que você me enganou e todas as vezes que você me fez sofrer. Mas, principalmente, eu sou extremamente agradecida por você não ter sido a pessoa certa para mim.

Nós tivemos nossos momentos alegres, claro. Você é uma pessoa super divertida, inteligente e uma ótima companhia. E acho que foi isso que me iludiu. Eu achei que isso era suficiente. Aliás, eu achava que era isso que importava. Eu achava que a pessoa certa era aquela que se encaixava num padrãozinho que inventávamos na nossa cabeça. Eu achava que o cara certo tinha que preencher mais de 50% dos itens da minha listinha. Mas a vida não é um formulário da internet. Não tem caixinha para dar check.


Na vida real o que importa é como a gente se sente do lado do outro e o que o outro nos faz sentir. E isso nós nunca tivemos. Tudo entre nós tinha que ser friamente calculado, tudo era muito mecânico. Eu nunca consegui me sentir à vontade ao seu lado. Mas, se eu não tivesse passado por tudo isso ao seu lado e não tivesse sofrido tanto quando nos afastamos, talvez eu nunca tivesse me dado conta do que realmente importa e do que realmente me faz feliz. Então, meu querido, obrigada por ter sido o cara errado e por ter me mostrado tudo o que não devo me preocupar e focar na hora de me relacionar com alguém. 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cansei de jogar

Sempre me disseram que para conquistar alguém eu deveria agir assim, assado, cozido, frito. Havia - rígidas - regras que deveriam ser seguidas à risca. Cada micro atitude fora das tais regras do jogo da sedução era capaz de estragar o jogo todo. Eu sempre errava. E errava feio. Ficava frustrada comigo mesmo, me sentindo uma completa incompetente. Até que eu desisti do jogo. E de todo o resto. Fiquei muito triste, desanimada e tranquei meu coração.

O tempo passou, a ferida fechou e eu tirei férias. Me dei férias de tudo mesmo. Da opinião dos outros, dos planejamentos detalhados de cada movimento, de todas as jogadas estratégicas. Saí de coração aberto por aí.

Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito a mim mesma. Finalmente eu fui eu mesma. Finalmente agi naturalmente. Finalmente me senti a vontade ao lado de alguém. E finalmente meu coração se sentiu amado e seguro. Então, de agora em diante, a minha maneira de jogar será essa. Sendo sincera, sendo eu mesma e sendo feliz. Jogos, agora, só no PlayStation.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Aquela velha ideia

E vira e mexe aquela velha ideia volta à minha cabeça. Aquela mesmo, que sempre me rondou, e talvez sempre me rondará, até que eu a decida colocar em prática. Porque não adianta, tem algumas coisas que simplesmente não saem da nossa cabeça. A gente pode crescer, trabalhar horrores, se apaixonar, se desapaixonar, engordar, emagrecer... E a bendita da ideia vai continuar lá, guardada num cantinho da nossa mente. Aí um dia, aparentemente do nada, ela dá o ar da graça novamente.

Hoje foi um dia desses. Ela veio assim, do nada. Quer dizer, não foi bem do nada, mas deixa para lá que isso já é um outro assunto. Mas dessa vez ela veio em formato de avalanche, derrubando e destruindo tudo que via pela frente. Abalando todas as estruturas e revirando tudo. Nada ficou no mesmo lugar de antes.

E talvez isso tenha sido bom. Às vezes precisamos de um chacoalhão para acordar. De algo que nos tire do prumo para perceber que estávamos trilhando o caminho errado. Tem horas, que só um tsunami é capaz de nós tirar da zona de conforto. Então, obrigada, desestruturação de hoje. Você me fez enxergar e mudar muita coisa. Você me fez agir.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Você mesmo. Eu mesma

Há mais de sete bilhões de pessoas no mundo. SE-TE BI-LHÕES. E o meu coração foi bater mais acelerado justamente por você. Você, que não tinha nada do que eu procurava, mas que era exatamente tudo que eu estava procurando. Você, que apareceu quando meu coração estava ferido, e que não precisou de nenhuma cola mágica para consertá-lo. Você só precisou ser você. E me deixar ser eu mesma. 

Eu já li sei-lá-quantos textos sobre como identificar a alma gêmea. Eu já achei – algumas vezes – que tivesse encontrado. E não, não pensei isso de você quando o conheci. Porque eu não pensei, eu só me hipnotizei. A primeira vez que te vi não teve nada de especial e, exatamente por isso, foi tão especial. Em questão de segundos eu me senti tão confortável e tudo se encaixava tão bem como nunca antes – eu acho que – havia acontecido comigo. Simplesmente me senti confortável. Tudo pareceu certo e natural. Como sempre deveria ser, mas nunca tinha sido.

Se você é a tal da minha alma gêmea? Sinceramente? Não faço a menor ideia. E isso pouco me importa. O que me interessa agora é manter esse sentimento bom, essa conexão incrível e ser feliz. O mais importante de tudo sempre foi e sempre será ser feliz. E você é capaz de me deixar absolutamente feliz sem fazer absolutamente nada. Apenas sendo você mesmo e me deixando ser eu mesma. Sem máscaras, sem receios, sem vergonhas. 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Esqueci de sonhar

Eu acho que esqueci como é que se sonha. Sabe como é, né? Foram muitos sonhos frustrados, muitas coisas que eu desejei, que eu planejei, que faziam tanto sentido – e eram tão vivas! – na minha mente mas que, na prática, tiveram o rumo extremamente oposto, que eu apenas parei de sonhar. Até o ponto em que eu esqueci como se faz isso.

Mas eu já fui boa nesse negócio de sonhar. Eu tinha sonhos incríveis, grandiosos, lindos e bem coloridos. Eram daquele tipo que faziam um sorriso bem largo se abrir só de pensar neles. Daqueles que faziam os olhos brilhar quando eu os contava para alguém. Que me fazia flutuar por aí, invés de caminhar. Eles me faziam levantar da cama cantando e dançando todos os dias. Porque só de sonhar com aquilo eu já ficava feliz. Aquele tipo de felicidade que enche a alma. Tanto a minha, quanto a de quem estava por perto.

Não sei em que momento exatamente as cosias saíram do eixo. Como naqueles vídeos de efeito dominó, meus sonhos foram caindo, um a um. Talvez eu tenha me concentrado muito em sonhar e pouco em correr atrás para os realizar. Ou talvez eu tenha deixado a minha felicidade transparecer demais, e isso tenha incomodado a algumas pessoas, que acabaram por contribuir com o fim de um sonho aqui, outro lá.

Enfim, meus sonhos antigos foram desmantelados, e eu não consigo sonhar novos. Me sinto perdida, sem rumo, sem um chão firme para pisar – talvez porque tenha flutuado demais. E me sinto velha demais para sonhar. Isso é coisa de menina, que acredita em contos de fadas. Mas aí vem uma vozinha lá de dentro e sussurra no meu ouvido: você só precisa de novos sonhos, menina, você sempre foi muito boa nisso. E lá vou eu tentar me lembrar de como se faz para sonhar mais uma vez...

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Felicidade incomoda

Sempre ouvi dizer que a felicidade dos outros incomoda. Mas nunca dei muita importância para isso. Achava que era só uma frase pronta, daquelas bem clichês, que viram posts / indiretas nas redes sociais. Achava que só desejava o nosso mal e só nos invejava quem não era nosso amigo. Na minha cabeça, amigo de verdade fica feliz pela felicidade do outro.

E eu adorava compartilhar a minha felicidade com todo mundo. Eu tinha um sorriso fácil no rosto, talvez até meio bobo. Eu cantarolava pelos quatro cantos. E eu falava sobre a minha felicidade com todo mundo. Eu acreditava que falar de felicidade era uma maneira de a propagar.

Mas, infelizmente, com o tempo eu percebi que aquele clichê lá de cima, aquela frase pronta, era verdade. A felicidade alheia realmente incomoda. Ao ponto de algumas pessoas, até supostos amigos, tentarem atrapalhar. Não acredito que sejam pessoas más. Prefiro acreditar que são pessoas frustradas. Que não souberam aceitar e lidar com a felicidade do outro.

Mas isso é triste demais. Hoje eu me sinto obrigada a guardar o meu sorriso só para mim, a cantar somente no chuveiro ou no carro, quando ninguém está prestando atenção. E o que é pior, tornou meu mundo mais cinza e muito menos feliz... 

sábado, 23 de maio de 2015

Blah....

Eu estou me sentindo meio blah. Não estou sentindo mal, não tenho dores. Mas também não estou bem. Acho que não estou feliz, talvez seja isso.  Não tenho motivos para não estar feliz. Não tenho motivos para reclamar da vida. Tenho um bom emprego, dinheiro para comprar o que quero, pratico esportes - e pratico um que amo muito - regularmente, comecei um dos melhores MBAs do país. Tenho um monte de amigos, viajo e saio bastante. Entre outros mil motivos.

Mas, não sei... Falta alguma coisa. Ou muitas coisas... Acho que há pessoas que seriam capazes de matar para ter metade da vida que tenho. Mas, para mim, essa vida não parece suficiente. Eu não quero apenas o que é bom, o que é bastante, o que amo ou o que é melhor no país. Eu tenho necessidade de ter e ser o melhor do mundo, do universo. Ter ou ser menos do que isso me deixa mais do triste, me tira as forças, me deprime....

Eu sei, eu sei... Você vai dizer que é ingratidão, que eu deveria parar de reclamar de barriga cheia e agradecer a tudo que tenho e sou.  Eu faço isso, juro que faço. Mas ainda assim fica esse vazio aqui dentro, essa vontade de sair correndo, de conquistar tudo que sonhei.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Medo de arriscar

Eu decidi que era isso que eu queria. Estava certa, segura, feliz e empolgada com a minha decisão. Foi dessa decisão que tirei forças para aguentar muita coisa chata, foi isso que me fez conseguir engolir muitos sapos. Mas quanto mais próximo chego do momento de tirar o sonho do papel e transformá-lo em realidade, mais dúvidas surgem na minha mente e no meu coração.

Talvez seja somente o medo de arriscar,  o medo do novo. Ou a maldita da zona de conforto. Eu só sei que me pergunto cada vez mais se a decisão tomada estava certa, se é melhor a melhor opção e se ela realmente me fará feliz como eu tanto espero. Sabe como é, não é uma decisão qualquer, é uma das grandes, que vai mexer demais com a vida. Aquelas que sacodem tudo mesmo. Aí o medo e a insegurança aparecem mesmo, acho que é até meio inevitável isso.

Infelizmente eu não tenho uma bola de cristal, então não tenho como saber antes disso acontecer como será e o quão certo dará. Só o que me resta é tentar, arriscar e torcer para que o que for melhor para mim aconteça. E, se tudo der errado, tudo bem. Essa zona de conforto já está desconfortável demais mesmo.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Ponto final

Eu sou uma pessoa de muitas reticências e poucos pontos finais. Acho que as reticências ainda dão espaço para se continuar escrevendo, ou tentando. Já os pontos finais... Bom, como o próprio nome diz, eles são o fim de todo. Depois disso não vem mais nada. 

Quer dizer, vem um novo texto, um novo livro, uma nova história, uma nova pessoa. Mas sempre vai ser novo, tudo vai ser novo. Quando eu coloco um ponto final e começo algo novo, não há espaço para o antigo.

Então, meu bem, aproveite enquanto minhas frases terminam com reticência. Isso é um sinal claro de que quero mais. E, se um dia vir um ponto final meu, esqueça, nem tente insistir, você já faz parte do meu passado e não há mapa lugar para você na minha história. E ponto final.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Confusão mental...

Confesso que no fundo eu adoraria abandonar de vez esse blog. Talvez porque algo dentro de mim me diga que isso significará que todos os meus pensamentos estão organizados e controlados dentro da minha cabeça. Mas cá estou eu novamente, meses depois de minha última postagem, colocando para fora aquilo que estava preso em minha mente. A ponto de incomodar e fazer mal.

Por outro lado, talvez seja melhor nunca abandonar esse blog. Você já pensou como deve ser chata uma vida 100% decidida e planejada?  Sem surpresas, sem frio na barriga, sem ansiedade, sem expectativas, sem emoção. Ah, isso deve ser muito monótono, viu?

Acho que no fundo prefiro viver mergulhada nessa pequena confusão mental, nessas minhas dúvidas e inseguranças. Pelo menos elas mantém tudo por aqui mais agitado. Mais vivo. E de vez em quando, nos momentos em que as ideias estiverem confusas demais, eu venho aqui e tento organizá-las num texto meio sem sentido mas cheio de sentimentos. Como este aqui.