quarta-feira, 13 de julho de 2016

Eu mudei...

Eu mudei. Mudei bastante desde que comecei a escrever aqui. Mudei meus hábitos, mudei meu corpo. Mudei minha cabeça, mudei a forma como me vejo e como trato meus erros e acertos. Na virada do ano eu mudei mais ainda. Mudei de cidade, de país, de idioma, de ritmo e estilo de vida. Enfim, mudei tudo! Já fazia um bom tempo que eu não era mais feliz naquela vida que eu levava. Não tinha motivo algum para reclamar, tinha uma vida ótima. Apenas não era mais a vida que eu queria para mim. 

Juntei uma parte das minha coisas (ainda tem muita coisa na casa dos meus pais, lá no Brasil), enchi três malas e vim. Vim para a Califórnia realizar um sonho e ser feliz de novo. Por que é somente isso que importa para mim: ser feliz. E não falo do tipo de felicidade que tentam "vender" / empurrar guela a baixo para a gente. Falo de ser feliz do meu jeito, do jeito que aquece meu coração. 

Faz seis meses que cheguei aqui. E muita coisa mudou do que eu planejei para como realmente aconteceu. Mas está tudo bem. Eu me adapto. E seja como for, eu estou realizando o meu maior sonho, eu estou correndo atrás das coisas que eu quero. E eu estou constantemente mudando. 



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

É normal ter medo

"Ter medo é normal. Está tudo bem." Ouvi essa frase hoje pela manhã, enquanto estava me sentindo insegura e angustiada com muitas coisas que não estavam indo exatamente como eu havia planejado. E é normal mesmo sentir medo. Porque tem dia em que parece que acordamos do avesso, parece que tudo está dando errado. E começamos a questionar todas as nossas decisões. Até mesmo aquela vez em que, na festinha junina do pré, escolhemos Guaraná invés de Coca-Cola. 
  
Mas a frase em si me incomodou um pouco, e eu dei uma torcida de nariz quando a ouvi. Porque todas essas frases clichês me incomodam. Parecem papo pronto, daqueles que se lê em biscoito da sorte. Ou seja, parecem mentiras e conversinha para boi dormir. Mas dessa vez, invés de remoer tudo dentro de mim, resolvi dar uma chance, e fiquei repetindo para mim mesma essa frase. "Abracei" todas as minhas angústias e dúvidas e as aceitei. Encarei o que estava acontecendo como um simples obstáculo, e uma oportunidade de ser mais criativa e pensar mais em sempre ter alternativas. 

E não é que a coisa funcionou e tudo deu MAIS do que certo? Digo mais do que certo porque a solução que apareceu era até melhor do que a anterior. Aí eu lembrei de outra frase pronta: "no final tudo dá certo, se não deu certo ainda é porque não chegou no final". 

sábado, 7 de novembro de 2015

Abraços

Eu terei que concentrar a minha vida em duas malas. Não será fácil fazer isso. Eu tenho muita coisa de que eu gosto, muita bagagem para levar. Estou tentando reduzir ao máximo, fazer todo um raciocínio e criar uma lógica sobre o que devo e o que não devo levar. Mas infinitamente mais difícil do que isso tem sido abraçar as pessoas e me despedir dos amigos. Porque a maioria eu não faço ideia quando irei ver novamente e não sei se terei outra chance de dar um abraço como esse.

Isso torna tudo tão difícil. Mesmo tendo toda a certeza do mundo do que eu quero. Mesmo estando absurdamente feliz com a minha decisão. Mesmo sabendo que meu futuro e minha felicidade estão lá, não aqui. Tem horas em que dá medo. Tem horas em que penso se estou fazendo a coisa certa. Tem horas em que dá vontade de desistir. 

Mas eu decidi que minha reação nessas horas sempre será respirar fundo, enxugar as lágrimas e torcer. Torcer para eu ser muito feliz lá, para todos que eu abracei serem muito felizes aqui e, principalmente, para que eu tenha a chance de encontrar todos outra vez em algum lugar do mundo e dar outro abraço apertado desses.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como é difícil dizer adeus

Chegou a hora de dizer adeus. Um lindo e muito especial ciclo se encerrou em minha vida. Depois de mais de oito anos de muito aprendizado, dedicação, suor, lágrimas e risadas, eu tive que me despedir. Mas, nossa, como foi difícil dizer adeus. Confesso que pensava que seria mais fácil. Afinal, eu já estava insatisfeita, já estava cansada e infeliz.

Mas foi difícil, viu? Aliás, foi bem difícil. Doeu muito mais do que eu imaginava que iria doer. Porque não é fácil sair da nossa zona de conforto. Não é fácil deixar para trás tantos amigos, tantas situações e toda a rotina que, por mais que não me fizesse mais tão feliz, pelo menos era algo com o que estava acostumada.

Também é difícil deixar para trás todos os momentos bons. Mesmo numa relação já tão estava desgastada quanto essa. Porque houve muitos momentos bons. Houve muitos momentos incríveis e inesquecíveis, aliás. Momentos e pessoas que me ajudaram a ser quem eu sou, que - de uma forma ou de outra - me ajudaram a chegar onde estou. A quem serei eternamente grata e que levarei para sempre em meu coração. E no final isso é tudo que importa, o que e quem a gente leva no coração.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Amor verdadeiro

Na minha última viagem de férias ouvi que os brasileiros são um povo muito "Passionate". E não tem como negar. Nós amamos tudo: a balada, os amigos, o almoço de domingo, o nosso animal de estimação, a música que acabou de tocar no rádio, e mais uma infinidade de coisas.

Mas esse amor é bem diferente do amor de verdade, que é um tipo de amor que só aparece uma vez na vida. Por mais que possamos nos enganar e achar que outras paixonites são amor, quando o amor de verdade chega, ele é facilmente detectável. Parece até que tatuaram essa palavra na nossa testa. Tudo que era dificuldade ou defeito nos outros, no amor de verdade é qualidade, ou pelo menos charme.

E esse tipo de amor é facilmente notado pelas pessoas ao redor e, principalmente, pelas pessoas que o sentem. A gente até se questiona, duvida um pouco, mas no fundo a gente sabe muito bem quando um amor é verdadeiro. E é muito nítido como esse amor é verdadeiro. Então tudo o que eu desejo é que esse amor, além de verdadeiro, seja eterno....

* Texto originalmente escrito como dedicatória para um casal de amigos que está prestes a se casar.

domingo, 25 de outubro de 2015

Duvido...

Tem horas em que duvido de tudo que está acontecendo. Me questiono se é verdade. Chego até a me beliscar para ter certeza de que não estou sonhando. Ah, sabe como é, foi muito tempo vivendo no quase, apenas sonhando com tudo que poderia acontecer, mas sem realizar nada de verdade. Tanto tempo sem que nada se concretizasse, que eu cheguei a pensar que nunca mais daria certo.

A gente se acostuma tanto a viver uma vida em que tudo dá errado que começa a procurar os indícios da catástrofe até onde não tem. E quando não os encontra, os inventa, afinal, é a essa vida que estamos acostumados. Tão acostumados que nem notamos quando fazemos isso. Às vezes, percebemos que fomos nós mesmos quem criamos o desastre somente depois que passou, nunca durante, e muito menos antes.

Mas um dia as coisas mudam, por mais que tentemos achar as pistas, e até criá-las, não conseguimos. Aí não adianta relutar. O maior indício que aparece nessa hora é de que, finalmente, chegou o momento de ser feliz e de tudo dar certo. Ainda duvido um pouco, mas talvez essa seja a minha hora.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Me espera

Me espera, eu já estou indo. Tenha só um pouquinho mais de paciência. Por mais que eu me apresse, não dá para simplesmente adiantar o relógio e fazer as horas passarem mais rápido. Bem que eu queria, viu? Ah, como eu queria que isso fosse possível. Mas não é. Então vamos esperar, e fazer o melhor que pudermos enquanto a grande hora não chega.

O mundo está mudando, os astros estão se alinhando e o universo está conspirando a nosso favor. Não precisamos ter pressa. Quando a hora chegar, tudo vai dar certo e tudo vai se encaixar perfeitamente. Só precisamos ter um pouco de paciência. Porque uma certeza que eu tenho é de que, depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que passamos, a espera vai valer a pena. Com certeza valerá muito a pena.