Eu acho que gostar de alguém é algo tão difícil e complexo de
se fazer. Claro que tem seu lado positivo, lindo e romântico. Mas isso tudo é
incrível no momento da conquista. E nos contos de fadas.
É, porque nem nas comédias românticas é simples. A mocinha
sempre se ferra horrores, comete erros gravíssimos e sofre, mas sofre muito
antes de ser feliz no final. Na nossa – ou melhor, na minha vida – é mais ou
menos a mesma coisa.
São tantas idas e vindas, expectativas quebradas,
inseguranças afloradas que chega até a cansar. Queria achar uma ferramenta
descomplicadora de relacionamentos. A vida seria tão mais fácil e bacana. Igual
às contas de somar que aprendemos na primeira série. Dois mais dois são quatro
e pronto!
Não queria que meu coração disparasse cada vez que ele me
ficasse online. Não queria me incomodar cada vez que ele fala com outra mulher.
Não queria agir pensando no que ele vai pensar daquilo. E, principalmente, não
queria fingir que não gosto dele quando gosto, e gosto muito.
Talvez essa seja a pior parte. Um sentimento que tinha tudo
para ser bacana, ter que ser sufocado em nome de sei-lá-o-que. Porque não tem
um motivo real, né? O que tem é uma certa convenção mundial de que todo mundo é
tão independente e autossuficiente que não precisa de ninguém, que não pode
querer ninguém.
Aí o que a gente faz? A gente sufoca o sentimento, finge que nem liga para a pessoa quando na verdade queria parar o mundo por causa dela. E vai sufocando, sufocando e sufocando. Até o dia que deixa de gostar. E deixa de lado uma chance de ser mais feliz...
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